Um escritório de advocacia do município de Sinop, no norte de Mato Grosso, vai ter que indenizar em 20 mil reais uma estudante de direito, vítima de assédio moral. Ela era tratada aos gritos, sendo alvo de comentários pejorativos e em tom de deboche na presença de toda a equipe.
O assédio era praticado por uma das sócias do escritório.
A conduta abusiva ficou provada no processo julgado pelo juiz Daniel Ricardo, na 1ª Vara do Trabalho de Sinop.
Além de ser chamada de incompetente e fraca na frente dos demais advogados e colegas do escritório, a estudante também ouvia sempre que “não seria uma boa advogada”.
Na decisão, o juiz Daniel Ricardo explicou que o assédio moral pressupõe conduta abusiva, repetitiva e prolongada do assediador. Além disso, se manifesta através de atos ou comportamentos hostis e que afetam, de forma negativa, a saúde psíquica e física da vítima.
O escritório ainda foi condenado a pagar multa por litigância de má-fé após mentir no processo para enganar o juiz.