Entenda como simpatizantes de candidatos manipulam as enquetes das redes sociais e enganam as pessoas com falsos resultados. Assista ao vídeo.

O Juízo Eleitoral de Juara determinou em decisão nesse dia 04, a proibição da divulgação de enquetes eleitorais em blogs, redes sociais, WhatsApp ou qualquer outro meio de comunicação, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 para quem compartilhar ou usar desse expediente ilegal.

A decisão visa garantir a lisura do processo eleitoral e proteger os eleitores de informações manipuladas. No entanto, muitos questionam a medida, argumentando que o candidato que denunciou a prática estaria perdendo e, por isso, buscou barrar a divulgação das enquetes.

A Justiça Eleitoral proíbe a realização e divulgação de enquetes e sondagens não oficiais justamente por seu potencial de manipulação. Ao contrário das pesquisas eleitorais realizadas por institutos credenciados e supervisionados, as enquetes feitas em redes sociais e blogs não seguem critérios científicos rigorosos, o que pode induzir os eleitores ao erro, levando-os a acreditar em resultados distorcidos.

A Rádio Tucunaré apurou que, no youtube, existem vídeos livremente divulgados ensinando o eleitoral votar várias vezes no mesmo para o mesmo candidato. Essa é a prova cabal de que toda e qualquer pessoas de internet feitas em sites, blogs, whastapp, são totalmente ma-ni-pu-lá-veis!

Veja um dos muitos vídeos ensinando as pessoas a manipularem a votação no site ferendum, (método serve para qualquer outro tipo de site ou blog) através de enquete virtual, a mesma enquete que o Juízo eleitoral de Juara puniu.

Esse vídeo que ensina como burlar os resultados está publicado abertamente no youtube com mais de 24 mil visualizações. Veja como você pode estar sendo manipulado a acreditar em falsos resultados em qualquer tipo de enquete:

Como meliantes manipulam enquetes para beneficiar candidatos

O uso de enquetes eleitorais não regulamentadas abre brecha para a manipulação de resultados, muitas vezes orquestrada por grupos contratados para favorecer certos candidatos. Esses grupos, conhecidos como “milícias digitais”, utilizam diversas táticas para alterar o cenário aparente da eleição, influenciando a opinião pública com dados falsos. Algumas das principais práticas utilizadas incluem:

  1. Criação de milhares de contas falsas: Para aumentar a votação em enquetes ou enganar eleitores, criminosos criam inúmeras contas falsas em redes sociais. Essas contas são automatizadas ou geridas por pessoas contratadas para votar repetidamente e alterar artificialmente os resultados das enquetes a favor de um candidato específico.
  2. Uso de VPNs (Rede Virtual Privada): As VPNs permitem que usuários ocultem seus endereços de IP, disfarçando a origem geográfica dos acessos e dificultando a identificação da fraude. Dessa forma, os manipuladores conseguem simular a participação de eleitores de diferentes regiões, o que gera a falsa impressão de uma popularidade distribuída de um candidato.
  3. Bots e automação: Os bots, ou robôs de software, são programados para interagir automaticamente em enquetes, clicando várias vezes em opções pré-selecionadas. Essa automação, quando bem implementada, pode influenciar uma enquete em poucos minutos, criando uma falsa percepção de apoio massivo.

Impactos dessas práticas no processo eleitoral

A disseminação de enquetes manipuladas não só engana os eleitores, mas também pode alterar o equilíbrio do debate público. Muitos eleitores podem ser influenciados por essa falsa maioria, acreditando que o candidato manipulado tem mais apoio do que realmente tem. Essa ilusão de vitória afeta a confiança no processo eleitoral e desrespeita a isonomia entre os candidatos.

Além disso, as pesquisas legítimas, que seguem metodologias científicas e são reguladas pela Justiça Eleitoral, exigem registros e informações detalhadas sobre amostras, métodos de coleta e análise de dados. Essas pesquisas servem como ferramentas essenciais para que os eleitores tenham uma visão mais precisa do cenário eleitoral. Já as enquetes manipuladas geram desinformação, prejudicando a transparência e a igualdade na disputa.

A justiça eleitoral e a proteção da democracia

A decisão da Justiça Eleitoral de Juara está alinhada com a Lei Eleitoral (Lei nº 9.504/97), que proíbe a divulgação de enquetes eleitorais sem o devido registro e supervisão. A medida é crucial para preservar a integridade do processo eleitoral, impedindo que informações distorcidas, advindas de práticas criminosas, influenciem o voto do eleitorado. Enquetes sem fundamento e manipuladas por milícias digitais criam um ambiente de incerteza e violam o direito de voto livre e consciente.

Portanto, é importante que os eleitores fiquem atentos e saibam diferenciar entre pesquisas confiáveis e enquetes distorcidas, e que denunciem práticas ilícitas como a criação de contas falsas e a manipulação de resultados. A justiça eleitoral continuará agindo firmemente para coibir essas ações e garantir que o processo eleitoral ocorra de maneira justa e transparente.

Fonte: Rádio Tucunaré e Acesse Notícias

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