Juara, MT – Em uma reunião histórica realizada na manhã deste dia 21, líderes da classe produtora de Juara, representados por entidades como Aprosoja e o Sindicato Rural, se reuniram com o prefeito Carlos Sirena e o vice-prefeito Ney da Farmácia, para discutir a grave crise hídrica que assola a região.
Esta reunião marca um momento inédito na história do município, conhecido por seus problemas com excesso de chuvas, mas que agora enfrenta uma severa escassez hídrica.
Os participantes, incluindo Jaqueline Piovesan Delegada da Aprosoja do Núcleo Vale do Arinos, Karina e Fernando Zanatta, e Jorge Mariano, presidente do Sindicato Rural, expressaram preocupação com os impactos devastadores da seca nas lavouras de soja e na pecuária.
A situação é tão grave que a prefeitura considera decretar estado de emergência para fornecer suporte aos produtores afetados.
Em entrevista a Rádio Tucunaré, o prefeito Carlos Sirena destacou a gravidade da situação, reafirmando a necessidade de um decreto de emergência, não apenas para reconhecer formalmente a crise, mas também para fornecer subsídios legais aos produtores em suas negociações com bancos e trading companies.
Sirena enfatizou a importância de documentar oficialmente a crise para que os produtores possam se defender de possíveis atrasos nos pagamentos e outras complicações financeiras.
Jaqueline Piovesan também compartilhou sua perspectiva, ressaltando os amplos prejuízos causados pela crise hídrica, não só para a agricultura, mas também para o abastecimento de água nas cidades e para a pecuária. Ela mencionou a necessidade de apoio dos órgãos públicos e líderes políticos do Estado para enfrentar este desafio.
Este momento crítico em Juara é um reflexo de uma situação mais ampla que afeta vários municípios do estado de Mato Grosso, trazendo à tona a urgência de medidas efetivas para apoiar a classe produtora em tempos de adversidade climática.
Prosseguindo a discussão sobre a crise hídrica em Juara, MT, a atenção se volta para as medidas concretas que a administração municipal planeja adotar.
O prefeito Carlos Sirena enfatizou a importância de um decreto de emergência, que, embora não possa resolver imediatamente o problema da escassez de água, servirá como um reconhecimento oficial da crise e um gesto de solidariedade para com os produtores. Este decreto é visto como fundamental para que os produtores possam negociar prazos e condições com as instituições financeiras, evidenciando a severidade da situação.
Além disso, Sirena mencionou o esforço conjunto com outros líderes municipais do estado, como o prefeito de Primavera do Leste, reforçando a natureza coletiva do problema e da resposta necessária.
A colaboração entre municípios e a comunicação com a Assembleia Legislativa, representada pela deputada Janaína Riva, são passos cruciais para uma resposta abrangente e eficaz.
A delegada da Aprosoja, Jaqueline Piovesan, destacou os desafios enfrentados pelo setor agrícola, desde a queda na produção de soja até os problemas na pecuária devido à falta de chuva. Ela também apontou para os impactos econômicos mais amplos, incluindo a saúde financeira dos municípios e do estado de Mato Grosso, que dependem significativamente do agronegócio. A queda na arrecadação prevista pelo governador do estado é um indicativo da gravidade da situação.
A crise não apenas afeta a produção atual, mas também tem implicações para a próxima safra, especialmente para o milho, devido à alteração na janela de plantio.
Piovesan enfatizou a necessidade de apoio estatal e municipal para os produtores rurais neste momento difícil, destacando a importância de medidas que amparem a classe produtora diante dos desafios impostos pela crise hídrica.
Em suma, a reunião em Juara revelou a gravidade da situação e a necessidade urgente de ação coordenada entre produtores, autoridades municipais e estaduais.
A decretação de estado de emergência é vista como um passo crucial para mitigar os efeitos da crise, fornecendo suporte legal e prático aos produtores afetados.