Juara enfrenta uma seca severa que levou a Prefeitura a decretar estado de emergência hídrica nesse dia 30 de agosto.
A notícia causou polemica, pois, muitos moradores questionam sobre os motivos de até agora não ter sido feito a mudança da captação de água do Córrego Alcebíades para o Rio Arinos. Essa medida consta como obrigação no aditivo contratual celebrado entre Concessionaria “Águas de Juara” e Prefeitura de Juara em 2020.
A reportagem da Rádio Tucunaré e site Acesse Notícias, entrevistou na tarde desse dia 02, o gerente da Concessionaria “Águas de Juara” Cláudio Cristófolli, especificamente sobre esse tema.
Em 2020, foi assinado um aditivo contratual entre a concessionária Águas de Juara e a Prefeitura. Dentre as cláusulas acordadas está a obrigação da empresa mudar a captação de água do Córrego Alcebíades para o Rio Arinos, que possui maior vazão. Ocorre que 4 anos depois, essa obra não foi concluída, gerando reclamações da população.
Segundo Cristófolli, os trabalhos nesse sentido começaram logo após a assinatura do aditivo, com estudos detalhados sobre o Rio Arinos, incluindo a análise dos níveis de cheia e seca, topografia, e definição da área de captação. No entanto, uma ação judicial movida pelo Ministério Público, baseada em denúncias que, causaram a paralisação do andamento da obra.
Com a denúncia, uma ação judicial foi aberta para analisar as acusações feitas e isso causou a paralisação parcial dessa obra, uma vez que era preciso esperar a resposta judicial e se, caso a justiça anulasse o aditivo, a empresa perderia os investimentos que não são baratos.
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Apesar desse imbróglio, as ações documentais para essa obra continuaram em andamento, em órgãos ambientais enquanto a justiça analisava a questão.
Ele explica que a pendência foi resolvida através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em agosto de 2024, na Promotoria permitindo que a empresa retome os investimentos com segurança jurídica.”Essa obra é complexa e de alto custo. Não demos sequência antes por conta da ação judicial. O tempo original do contrato, que terminaria em 2029, não permitia a amortização desse investimento. Com o aditivo, iniciamos os estudos e esperamos concluir a obra até 2025“, relatou Cristófolli.
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Com essa explicação fica claro que a morosidade se deu em ter o contrato subjudice, e que somente após esse acordo, ocorrido no mês passado e que a empresa poderá dar sequencia nas obras de mudança de captação para o Rio Arinos, que deve ficar pronta, segundo ele, em 2025.
Enquanto isso, a concessionária se compromete a avançar rapidamente, agora que as questões legais foram resolvidas.