Casos de Leishmaniose em Juara Crescem e Ministério da Saúde atrasa com a distribuição do Medicamento

Na tarde desta terça-feira, 29 de outubro, a Rádio Tucunaré entrevistou Aline Fernanda, enfermeira do Ambulatório de Atenção Especializada e Regionalizada (AMBU), sobre a leishmaniose, uma doença infecciosa que tem gerado preocupações entre os moradores da zona rural de Juara. A enfermeira esclareceu dúvidas a respeito dos recentes casos diagnosticados na região e detalhou as dificuldades enfrentadas devido ao atraso na distribuição do medicamento utilizado no tratamento.

Aline explicou que, de janeiro a outubro deste ano, foram confirmados 22 casos de leishmaniose, principalmente em áreas rurais. Embora o número tenha despertado atenção, ela afirmou que não houve um surto na região, mas sim um aumento esperado de casos conforme o padrão anual. “O que causou preocupação foi o atraso na distribuição da medicação, o Glucantini, que é fornecido pelo Ministério da Saúde. Devido à dificuldade de compra, o Ministério precisou fazer uma aquisição internacional, o que resultou em um atraso de aproximadamente três semanas na chegada do medicamento aos municípios”, relatou a enfermeira.

Agora, segundo Aline, o fornecimento da medicação foi normalizado, permitindo que todos os pacientes diagnosticados recebam o tratamento adequado. Ela explicou que o tratamento dura cerca de 20 dias, podendo ser necessário o retratamento em alguns casos. A enfermeira também alertou que, se não tratada, a leishmaniose pode levar a óbito, uma vez que a infecção pode se alastrar para órgãos como fígado, baço e até medula óssea.

Sintomas e prevenção

Aline destacou que os primeiros sinais da doença incluem febre e perda de apetite, mas a característica mais evidente é o aparecimento de uma lesão com bordas específicas. O diagnóstico é feito em Unidades Básicas de Saúde (PSFs) e, uma vez confirmado, o tratamento é iniciado com a distribuição da medicação pelo ambulatório.

Quanto à transmissão, a leishmaniose é causada pela picada do mosquito palha, também conhecido como birigüí. Este inseto, ao picar uma pessoa, pode transmitir o parasita que causa a doença, principalmente quando o mosquito é infectado. “O ciclo de prevenção deve incluir proteção contra a picada, como uso de repelentes e telas em áreas de risco, para evitar que a doença se dissemine ainda mais”, orientou a enfermeira.

A entrevista com Aline Fernanda destaca a importância da vigilância constante e do acesso aos medicamentos, especialmente em áreas rurais onde a leishmaniose tende a ser mais presente.

Fonte: acessenoticias/radio Tucunare

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