O recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo governo federal, em vigor desde início de junho de 2025, tem gerado preocupações significativas para os moradores de Juara e de toda a região do Vale do Arinos.
A reportagem da Rádio Tucunaré e site Acesse Notícias apurou as mudanças que impactam diretamente o agronegócio, o comércio local e o cotidiano das famílias.
O que mudou no IOF?
O IOF é um imposto que incide sobre operações financeiras, como empréstimos, câmbio e seguros. Com as novas medidas, as alíquotas foram elevadas:
Empresas: de 1,88% para até 3,95% ao ano.
- Simples Nacional: de 0,88% para 1,95% ao ano.
- Operações de câmbio: de 0,38% para 3,5%.
- Compra de moeda estrangeira em espécie: de 1,1% para 3,5%.
- Remessas ao exterior: de 0,38% para 3,5%.
- Previdência privada (VGBL): aportes mensais acima de R$ 50 mil agora pagam 5% de IOF.
Impactos no Agronegócio
Nossa região, fortemente ligada ao agronegócio, sente os efeitos dessas mudanças. Embora o crédito rural oficial permaneça isento, muitos produtores dependem de linhas de crédito comercial, agora mais caras devido ao aumento do IOF. Cooperativas de crédito, essenciais para o financiamento agrícola, também enfrentam desafios, especialmente aquelas com movimentações anuais superiores a R$ 100 milhões, que passam a ter incidência de IOF de 0,38% .
Repercussões no Comércio Local
O comércio de Juara e região também é afetado. O aumento do IOF encarece o capital de giro, vital para manter estoques e operações. Empresas que utilizam operações de antecipação de recebíveis, como o “risco sacado”, agora enfrentam alíquotas de até 3,95%, elevando o custo total da operação a quase 19% ao ano . Isso pode resultar em preços mais altos para os consumidores e pressionar a inflação
Efeitos no Dia a Dia das Famílias
Para as famílias, o impacto é sentido no bolso. Empréstimos pessoais, compras com cartão de crédito internacional e remessas ao exterior estão mais caros. A alíquota para cartões de crédito e débito internacionais subiu de 3,38% para 3,5%, e a compra de moeda estrangeira em espécie passou de 1,1% para 3,5% . Esses aumentos reduzem o poder de compra e podem levar ao endividamento.
Mobilização e Esperança
Diante desse cenário, entidades representativas do agronegócio e do comércio têm se mobilizado. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e outras organizações expressaram preocupação com os impactos econômicos e sociais das medidas, especialmente em regiões que dependem do crédito cooperativo.
Há esperança de que o Congresso Nacional possa reavaliar as mudanças e buscar alternativas que não penalizem os setores produtivos e as famílias brasileiras.
Em tempos desafiadores, é fundamental que a comunidade de Juara e do Vale do Arinos esteja informada e unida. Acompanhar as discussões e participar ativamente das decisões que afetam nossa economia local é essencial para garantir um futuro mais justo e próspero para todos.





































































