Em uma reviravolta que aquece o agronegócio brasileiro, a Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) anunciou nesta terça-feira (12) a habilitação de 38 novas plantas frigoríficas do Brasil para exportação de carnes ao gigante asiático.
Esta decisão inclui um leque variado de estabelecimentos, entre eles 08 abatedouros de frango, 24 de bovinos, um estabelecimento bovino de termo processamento, e 05 entrepostos – um marco inédito na relação comercial com a China.
As habilitações foram concedidas após rigorosas auditorias, parte delas realizadas remotamente em janeiro deste ano, enquanto outras contaram com avaliações presenciais em dezembro passado. Equipes técnicas chinesas, recebidas por representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), conduziram as avaliações, garantindo a qualidade e a segurança dos produtos brasileiros.
Em uma entrevista exclusiva à Rádio Tucunaré, Luís Fernando Amado Conte, pecuarista de Juara e 1° Vice-Presidente da ACRIMAT, compartilhou seu entusiasmo com a notícia. Conhecido como Nando Conte, ele destacou a importância desta expansão para o setor pecuário local e nacional. “É um motivo de comemoração para todos nós no segmento produtivo. Com essa conquista, o Brasil, especialmente Mato Grosso – o maior celeiro de pecuária do país – se fortalece ainda mais no mercado internacional“, afirmou Conte.
Segundo Conte, a inclusão de mais plantas habilitadas duplica a presença brasileira no mercado chinês, aumentando a competitividade e democratizando o acesso a este importante player global. Ele mencionou também a importância logística desta expansão para regiões do Mato Grosso, que, até então, enfrentavam dificuldades de inserção no mercado chinês devido a desafios logísticos.
A reabertura do mercado chinês para a carne brasileira e a habilitação de novas plantas frigoríficas representam um sinal positivo para o agronegócio do país, especialmente em um momento de busca por diversificação de mercados e fortalecimento das relações comerciais internacionais.
Este avanço promete benefícios significativos para a economia local, especialmente para os produtores de Juara e região, que detêm o 3º maior rebanho bovino de Mato Grosso, reforçando o Brasil como uma potência agroexportadora.