A colheita da safra de algodão 2024/25 entra para a história e projeta 2025 como um ano decisivo para o setor em Mato Grosso. O estado atingiu a maior área plantada já registrada: 1,55 milhão de hectares, número que representa crescimento de 5,82% em relação ao ciclo anterior e confirma a força da cotonicultura mato-grossense no cenário mundial.
Mesmo com o plantio iniciado de forma tardia, o desenvolvimento das lavouras foi favorecido por condições climáticas bastante positivas, especialmente durante a segunda safra. O reflexo no campo foi direto: a produtividade média alcançou 315,12 arrobas por hectare, superando o recorde anterior da safra 2022/23.
Com isso, a produção total de pluma chegou a 3,01 milhões de toneladas, estabelecendo um novo marco para o estado e fortalecendo ainda mais sua posição estratégica no abastecimento global da fibra.
No comércio internacional, o Brasil manteve, pelo segundo ano consecutivo, o posto de maior exportador mundial de algodão, desempenho no qual Mato Grosso teve participação decisiva. A combinação entre escala produtiva, tecnologia avançada e condições naturais favoráveis tem sido determinante para esse protagonismo.
Entretanto, o excelente desempenho produtivo trouxe também desafios. O aumento da oferta e a elevação dos estoques pressionaram as cotações ao longo do ano, levando os preços a alguns dos menores níveis dos últimos tempos. Esse cenário provocou cautela entre os produtores, que passaram a negociar de forma mais estratégica.
Com os olhos voltados para 2025, o setor enfrenta o desafio de manter o equilíbrio entre volume produzido e rentabilidade, acompanhando de perto a evolução da demanda internacional e eventuais políticas de estímulo às exportações. O próximo ano se desenha como um período de ajustes, planejamento e decisões estratégicas para garantir a sustentabilidade do crescimento do algodão mato-grossense.





































































