Cinco mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão domiciliar foram cumpridos pela Polícia Judiciaria Civil na manhã desta segunda-feira (06-12), durante a operação “Debitum” deflagrada em Juína, noroeste de Mato Grosso, para desarticular uma organização criminosa instalada no município.
A presente operação originou-se a partir de um boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar no dia 31 de agosto o qual narrava um crime de roubo ocorrido na zona rural do município de Juína, em que os criminosos invadiram uma chácara para cometerem um roubo e lá praticaram brutal violência contra um casal.
Logo após tomar conhecimento dos fatos, o delegado Regional, Dr. Marco Bortolotto Remuzzi instaurou um inquérito policial e requisitou perícias no local crime, onde na mesma data uma equipe de investigadores empreenderam diligências com o intuito de trazer à materialidade e autorias. Em uma semana de investigação os suspeitos de perpetrarem o crime de roubo majorado foram identificados e individualizados a conduta de cada um dos envolvidos.
O site Juína News apurou que neste sentido restou apurado que no dia 31 de agosto, os suspeitos, Cleyton Gomes Pereira, vulgo “Coringa”, Diego Henrique Do Nascimento Eger, vulgo “DH”, Antônio Marcos Da Silva Borges, vulgo “Bárbara”, Maysa Nascimento Galdino, e uma outra suspeita juntamente com um adolescente, teriam praticado um crime de roubo majorado na Comunidade São Pedro na rural do município de Juína.
Como vinculado pelo site Juína News no local na época do crime os suspeitos agiram com extrema violência, com emprego de diversas armas de fogo, restringindo a liberdade das vítimas, além de agredi-las fisicamente e ameaçá-las de morte.
Uma das suspeitas aparece nas investigações como líder do Comando Vermelho nas cidades de Alta Floresta, Juína e outras regiões, tendo fornecido armas de fogo para o cometimento do crime, pois, com o sucesso da empreitada criminosa, receberia parte do valor subtraído em razão de uma dívida de drogas atrasadas de Cleyton Gomes Pereira, vulgo “Coringa”.
Consta no bojo das investigações que Cleyton Gomes tinha uma dívida de drogas com a suspeita, e com o objetivo de quitar os débitos, arquitetou e executou o crime contra o casal.
O suspeito Antônio Marcos Da Silva Borges, vulgo “Bárbara” teria sido o responsável por angariar as informações sobre a residência das vítimas, além de conduzir os autores até o local e indicar a residência alvo da ação criminosa.
Segundo as investigações, a suspeita, Maysa Nascimento Galdino, teve como função buscar as armas de fogo fornecidas por uma suspeita e ter sido a responsável pela união e organização do crime momentos antes de sua execução.
A investigação ainda aponta que Diego Henrique Do Nascimento Eger, vulgo “DH”, na época dos fatos convivia maritalmente com Maysa Nascimento Galdino, e teria buscado as armas com sua convivente, além de também ter participado da execução do roubo, juntamente com Antônio Marcos e Cleyton Gomes.
Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar foram representados pelo delegado regional Marco Bortolotto Remuzzi, com fundamento nas investigações, e por se tratar de crime organizado, as ordens judiciais foram decretadas pelo juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Em entrevista, Remuzzi destacou o empenho e dedicação dos investigadores e escrivães no esclarecimento de crimes no município.
Os suspeitos, Diego Henrique e Cleyton Gomes já estavam presos no CDP, e foram cientes de mais um mandado de prisão pela equipe de policiais civis.