Com o intuito de conscientizar e promover a saúde da mulher, a campanha outubro rosa, enfatiza a prevenção do câncer de mama e colo de útero, destacando a importância de exames regulares, diagnóstico, encaminhamentos e tratamentos.
Com caráter preventivo, a campanha tem intensificado as ações nas unidades de saúde, tais como consultas clínicas e ginecológicas, além da realização de exames e encaminhamentos para mamografias, ultrassom da mama, citologias, testes rápidos para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), hepatites virais, aferição de pressão e glicemia e também salas de espera, com palestras e orientações sobre o autocuidado que foi realizado no último sábado, dia 22 de outubro de 2022, a campanha foi realizada no PSF do Parque Alvorada em Juara, disponibilizando para as usuárias testes rápidos e solicitação de mamografia entre outras ações.
A doutora Andreza Ribeiro que estava à frente dos atendimentos no Bairro Parque Alvorada, concedeu entrevista a reportagem da Radio Tucunaré e site Acesse Notícias e fez um resumo dessa ação de saúde que é muito importante para a saúde da mulher.
A doutora Andreza também ressaltou a importância das mulheres que tem idade superior a 50 anos, que realizem anualmente o exame de mama, para que seja evitado qualquer tipo de doença autoimune.
A mamografia de rastreamento (exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama) é recomendada na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Fora dessa faixa etária e dessa periodicidade, os riscos aumentam e existe maior incerteza sobre benefícios. A mamografia permite identificar melhor as lesões mamárias em mulheres após a menopausa.
Antes desse período, as mamas são mais densas e a sensibilidade da mamografia é reduzida, gerando maior número de resultados falso-negativos (resultado negativo para câncer em pacientes com câncer) e também de falsos-positivos (resultado positivo para câncer em pacientes sem câncer), o que gera exposição desnecessária à radiação e a necessidade de realização de mais exames.
O Ministério da Saúde recomenda contra o rastreamento com mamografia em mulheres com menos de 50 anos (recomendação contrária forte: os possíveis danos claramente superam os possíveis benefícios). Por isso, também as principais diretrizes e programas de rastreamento do mundo não recomendam o rastreamento de mulheres abaixo desta idade.
O rastreamento com mamografia, mesmo na faixa etária recomendada, implica em riscos que precisam ser conhecidos pelas mulheres. Além dos resultados falso-positivos e falso-negativos, o rastreamento pode identificar cânceres de comportamento indolente, que não ameaçariam a vida da mulher e que acabam sendo tratados (sobrediagnóstico e sobretratamento), expondo-a a riscos e danos associados. As mulheres devem ser orientadas sobre riscos e benefícios do rastreamento mamográfico para que possam, em conjunto com o médico, decidir sobre a realização dos exames de rotina e exercer sua autonomia.
A avaliação das Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil é de que, na faixa etária de 50 a 69 anos e com periodicidade bienal, os possíveis benefícios do rastreamento superam seus riscos.