O município de Juara teve várias fontes econômicas no início de sua colonização, entre elas a produção de café, que atraiu pessoas de diversos estados, a extração de madeira e a criação de gado leiteiro e de corte.
José Antônio da Silva, proprietário rural na Comunidade Barraco Preto, na região do distrito do Jaú, contou à reportagem da Rádio Tucunaré e ao site Acesse Notícias que chegou a Juara em maio de 1995, embora já tivesse adquirido propriedades no município em 1993. Ao se mudar para a região, iniciou com a criação de vacas leiteiras e também trabalhava com fretes utilizando um caminhão. No entanto, anos depois, optou por se dedicar à criação de gado de corte.
Em entrevista, José Antônio, que veio de Monte Alegre, no Estado de Sergipe, explicou que decidiu criar gado de corte ao perceber que essa atividade oferecia uma lucratividade maior em comparação à criação de vacas leiteiras, que, segundo ele, não gerou tanto lucro na região devido aos altos custos envolvidos.
José contou que começou a trabalhar na roça aos oito anos de idade com seus pais e que, desde então, acumulou uma vasta experiência no campo, especialmente na criação de gado, atividade que desempenha com muito orgulho.
Ele também mencionou as dificuldades enfrentadas na época em que chegou a Juara, mas destacou as melhorias significativas que o município experimentou ao longo dos anos, especialmente nas condições das estradas vicinais e das rodovias de acesso a outros municípios, como a Rodovia MT 325/160, que agora está totalmente pavimentada, facilitando o escoamento da produção.
Apesar da constante oscilação nos preços, José Antônio afirma que a criação de gado de corte ainda é compensadora, pois possui custos menores em comparação à vaca leiteira e, quando bem manejada, pode gerar lucros consideráveis.
O produtor rural também revelou que está sempre em busca de novos conhecimentos, recorrendo frequentemente à Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER), pois, em suas palavras, conhecimento nunca é demais.