A Justiça do Trabalho em Mato Grosso e o Ministério Público do Trabalho destinaram 232 mil reais para atender catadores de materiais recicláveis da Associação Nova Conquista, no município de Juína.
Os recursos vão possibilitar a compra de uma esteira transportadora de triagem e uma máquina empilhadeira para separação dos resíduos coletados diariamente na cidade.
Com esses novos equipamentos, os separadores poderão permanecer de pé e não mais agachados, ajudando a prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais pela postura errada.
A destinação foi autorizada pelo juiz da Vara do Trabalho de Juína, Adriano Romero. Em uma visita ao local, o magistrado confirmou a necessidade dos equipamentos para tornar o trabalho dos catadores menos penoso. “A ausência da empilhadeira fazia com que as pessoas idosas se unissem para levantar aquele fardo que resulta da compressão dos materiais coletados. Vão contribuir para que esses trabalhadores dignifiquem mais ainda seus trabalhos, que as tarefas sejam realizadas de uma maneira mais rápida e, sobretudo, sem sofrimento”, afirmou.
A presidente da Associação de Catadores de Juína, Maria Braga, explicou que os equipamentos vão permitir também que os materiais sejam separados, prensados, amarrados em fardos e colocados em uma carreta para seguir para a venda. “Vai facilitar muito o trabalho dos associados. Temos um grupo de pessoas com idade mais avançada e essas pessoas têm dificuldades de levantar aqueles fardos para colocar no depósito. Tem também a dificuldade para colocar no caminhão quando é pra levar para a venda. Outra coisa é que a maioria são mulheres”, detalhou.
Ela ponderou ainda que o trabalho de reciclagem feito na associação representa também a preservação do meio ambiente, já que os materiais agora têm uma destinação correta impedindo, por exemplo, que alguns itens causem prejuízo ao lençol freático. “A Associação Nova Conquista, além de arrecadar recursos para a sobrevivência dos associados e suas famílias, está prestando um serviço muito importante para a sociedade”, concluiu.