Levantamento mostra alto número de casos de violência de gênero sofrida por jornalistas

Maioria dos jornalistas sabe de pelo menos um caso de violência de gênero contra colegas ou já sofreram episódios desse tipo.

É o que aponta a pesquisa “Meios sem violência: a urgência de políticas de abordagem e prevenção”.

Feito pela por uma organização da sociedade civil argentina, o levantamento tem o apoio da Federação de Jornalistas da América Latina e do Caribe e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

De acordo com a pesquisa, 75% dos jornalistas conhecem pelo menos um caso de violência de gênero ou já passou por isso.

O estudo totalizou 96 episódios.

O crime mais comum é o constrangimento psicológico e verbal, lembrado por 65,5% dos profissionais.

Os jornalistas relataram ainda assédio sexual, assédio digital, maus-tratos, agressão física e alguma forma de violência econômica.

Perto da metade das situações de violência ocorreram nas redações e estúdios de comunicação. Um em cada quatro nas redes sociais ou por e-mail.

O levantamento estabeleceu alguns tipos de agressores: aqueles “offline”, que são os que ocupam altos cargos na empresa, envolvidos em quase metade dos episódios, aqueles com o mesmo nível hierárquico e homens fora da redação mas que têm influência sobre o veículo.

Foram ouvidos jornalistas de 95 veículos entre dezembro do ano passado e março deste ano.

Fonte: Fabíola Altran

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