Casos em Juara sobre violência e abuso sexual contra menores recebe atenção. Conheça índices e como denunciar

No Brasil, a triste realidade do abuso sexual e da violência doméstica contra crianças e adolescentes continua a ser uma séria preocupação. Indícios recentes revelam uma trama sombria de abusos, destacando a necessidade urgente de lidar com essas questões sociais complexas e proteger as vítimas mais vulneráveis.

Muitas vezes, as vítimas são crianças e adolescentes que sofrem em silêncio, com medo de represálias ou sem saber como denunciar os abusos ou ainda, com medo de causar a prisão de seus próprios familiares.

Em Juara cerca de 32 casos de atendimentos pontando abuso sexual contra menores e que receberam atendimento no Cras de janeiro até o momento.

O assistente social do CREAS de Juara Janilton Nery, explica que existe o número para denúncias Disque 100.

O Disque 100, o app Direitos Humanos e o site da ONDH são gratuitos e funcionam 24 horas por dia, inclusive em feriados e nos finais de semana.

No CREAS de Juara o trabalho é feito com toda a família para que ela supere a situação de violência e demora de 6  meses a um ano.

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Índices nacionais

Dos 159 mil registros feitos pelo Disque Direitos Humanos ao longo de 2019, 86,8 mil são de violações de direitos de crianças ou adolescentes, um aumento de quase 14% em relação a 2018.

A violência sexual figura em 11% das denúncias que se referem a este grupo específico, o que corresponde a 17 mil ocorrências. Em comparação a 2018, o número se manteve praticamente estável, apresentando uma queda de apenas 0,3%.

O levantamento da ONDH permitiu identificar que a violência sexual acontece, em 73% dos casos, na casa da própria vítima ou do suspeito, mas é cometida por pai ou padrasto em 40% das denúncias.

O suspeito é do sexo masculino em 87% dos registros e, igualmente, de idade adulta, entre 25 e 40 anos, para 62% dos casos. A vítima é adolescente, entre 12 e 17 anos, do sexo feminino em 46% das denúncias recebidas.

Os indícios de abuso sexual em crianças podem incluir mudanças repentinas de comportamento, pesadelos recorrentes, regressão em habilidades adquiridas, comportamento sexualizado inadequado para a idade, medo excessivo de certas pessoas ou lugares, entre outros. É fundamental que os adultos estejam atentos a esses sinais e ajam prontamente, oferecendo suporte e denunciando qualquer suspeita às autoridades competentes.

Já a violência doméstica pode manifestar-se através de agressões físicas, emocionais ou psicológicas contra crianças e adolescentes. Os sintomas podem incluir lesões inexplicáveis, isolamento social, mudanças de humor repentinas, medo constante, falta de autoestima, entre outros. É essencial que a sociedade como um todo se envolva na identificação e no enfrentamento desses casos, oferecendo apoio às vítimas e às suas famílias.

Além das graves consequências emocionais e físicas para as vítimas, o abuso sexual e a violência doméstica podem acarretar impactos de longo prazo na saúde mental, no desenvolvimento cognitivo e no bem-estar geral de crianças e adolescentes.

As autoridades governamentais têm a responsabilidade de fortalecer as políticas de proteção à infância, oferecendo programas de conscientização, prevenção e atendimento adequado às vítimas. Investimentos em educação, saúde e assistência social são essenciais para enfrentar esse desafio complexo de maneira eficaz.

A sociedade como um todo também deve se mobilizar. É necessário fomentar uma cultura de respeito, empatia e denúncia, garantindo que todas as crianças e adolescentes se sintam seguros e protegidos em seus lares e comunidades.

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