Depois que a Rádio Tucunaré publicou a matéria onde Juara aparece entre as 10 cidades que mais exploram madeira ilegalmente, conforme informações do Instituto Centro Vida (ICV), uma entrevista aconteceu com o empresário do ramo madeireiro e Presidente do SIMAVA (Sindicato Intermunicipal das Indústrias Madeireiras do Vale do Arinos), além de membro do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), Luiz Antônio Benet, para falar sobre o tema.
Na entrevista, Benet destacou que os números precisam ser analisados com cuidado, considerando a extensão territorial de Juara, que possui mais de 21 mil quilômetros quadrados. Ele ressaltou que Mato Grosso é referência mundial em madeira legal, com mais de 5 milhões de hectares manejados e uma meta de atingir 6 milhões até 2030.
Benet explicou, que o manejo florestal é a única ferramenta de rendimento sustentável para os proprietários de áreas florestais e que o Estado possui mais de 70 municípios que dependem da economia florestal. Ele enfatizou que o setor gera mais de 13 mil empregos diretos em todo o Estado e destacou a importância de manter a floresta em pé para garantir a sustentabilidade do setor.
Quando questionado sobre a ilegalidade, Beneti afirmou que o SIMAVA e o CIPEM não compactuam com a exploração ilegal e são parceiros da Secretaria de Estado e do Meio Ambiente no combate a qualquer tipo de ilegalidade. Ele esclareceu que o setor é monitorado 24 horas por dia, com alertas gerados em tempo real para qualquer atividade suspeita.
A entrevista completa com Luiz Antônio Benet mostra um ponto de vista do setor madeireiro e ressalta a importância do manejo sustentável, além de reafirmar o compromisso do setor com a legalidade e a preservação ambiental.
O empresário explicou ainda, que o manejo florestal envolve catalogar e cortar apenas árvores maduras, que já cumpriram seu papel ecológico e estão prestes a morrer e liberar carbono de volta à atmosfera. Essa prática garante que a floresta seja regenerada e continue a crescer, perpetuando a matéria-prima para as indústrias. Ele destacou que o manejo florestal é economicamente viável e ambientalmente correto, pois preserva a floresta enquanto gera emprego e renda para a comunidade local.
Sobre o papel do SIMAVA no combate à ilegalidade, Benet afirmou que o Sindicato trabalha em conjunto com o CIPEM e outras entidades sindicais para monitorar e reportar qualquer atividade ilegal. Ele mencionou que o Estado de Mato Grosso tem sistemas de monitoramento que identificam desmatamento ou extração não autorizada em tempo real, permitindo uma resposta rápida das autoridades.
Ao ser questionado sobre a percepção negativa do setor madeireiro, Benet defendeu que os madeireiros não são os vilões da história. Ele reiterou que a ilegalidade precisa ser combatida e que o setor madeireiro legal é um parceiro importante no desenvolvimento sustentável do estado.
Benet concluiu agradecendo a Rádio Tucunaré pelo espaço e enfatizou a importância de continuar o diálogo e a colaboração para garantir um futuro sustentável para a floresta e as comunidades que dela dependem.
A entrevista com Luiz Antônio Benet trouxe uma visão detalhada do setor madeireiro em Juara e no estado de Mato Grosso, destacando as práticas de manejo sustentável e o compromisso com a legalidade e a preservação ambiental.