Mais de 60 mulheres vítimas de violência foram atendidas pela equipe da Patrulha Maria da Penha do 21º Batalhão da Polícia Militar em Juara, de acordo com um balanço fornecido à reportagem da Rádio Tucunaré e Acesse Notícias, durante uma entrevista com a 3ª Sargento PM Helena Portela, que comanda a Patrulha Maria da Penha.
Segundo a sargento Helena, o número de mulheres vítimas de violência pode ser ainda maior, considerando que muitas acabam não registrando a ocorrência na Polícia Judiciária Civil. As ações da Patrulha funcionam em parceria com o Ministério Público. Quando a mulher, vítima de violência, registra um Boletim de Ocorrência (B.O) na delegacia de Polícia Judiciária Civil e solicita uma medida protetiva, o Ministério Público, por meio do Judiciário, encaminha o documento para a Patrulha Maria da Penha.
A partir desse momento, com base nas especificações da medida protetiva, a equipe da Patrulha faz todas as orientações necessárias à vítima, perguntando se ela deseja ou não aceitar o acompanhamento. Em algumas ocasiões, a vítima acaba recusando o acompanhamento, muitas vezes por vergonha ou constrangimento, conforme explicou a 3ª Sargento Helena.
A sargento destaca a importância desse acompanhamento, lembrando que a presença de uma viatura da Polícia Militar em frente a uma residência não significa necessariamente que a pessoa fez algo errado. Pelo contrário, o papel da Polícia Militar é prevenir e oferecer segurança à população.
Além disso, a equipe da Patrulha Maria da Penha realiza palestras educativas nas unidades escolares do município como uma medida preventiva. A denúncia registrada pela vítima é crucial, assim como o acompanhamento proporcionado pela medida protetiva. Caso o agressor seja flagrado descumprindo a medida, ele será encaminhado para responder legalmente perante a justiça.